quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Herança, Christopher Paolini

E finalmente chegou à hora da resenha do último livro do Ciclo A Herança (Eragon, Eldest, Brisingr, Herança), e, pela última vez, aviso que se você ainda não leu os volumes anteriores e não gosta de spoilers, corre lá pra ler e depois vem aqui e compartilha sua opinião.

Herança começa com um gostinho de esperança de que a batalha contra o império pode sim ter os Varden como vencedores, mesmo que eles ainda não saibam exatamente como.
Depois de descobrir que a fonte do poder de Galbatorix vem dos Eldunarí, os corações dos dragões, Eragon percebe que na verdade essa é a força e a fraqueza do rei. Afinal, sem eles o cavaleiro seria como qualquer outro. Mas vamos combinar que não é tão fácil assim descobrir onde o homem guarda centenas de corações e simplesmente se livrar deles.
E é aí que entra finalmente a revelação da segunda parte do comentário que o menino-gato, Solembum, fez lá no primeiro livro:

“Depois, quando tudo parecer perdido e seu poder não for suficiente, vá até a pedra de Kuthian e diga seu nome para abrir o Cofre das Almas.”

E sinceramente, o Eragon foi meio lerdinho pra não perceber que era óbvio que no cofre das almas ele ia encontrar almas. Mas ainda assim, não eram almas de dragões o suficiente, porque Galbatorix continuava tendo muito mais corações que ele.
Então, mesmo ainda sem ter certeza de como poderiam vencer o Rei, aquele era o melhor momento desde o início da série para acreditarem que conseguiriam.
Além de tudo isso, o autor mais uma vez trabalha com capítulos focados em Roran e Nasuada, e principalmente os da Nasuada compõe os melhores momentos da narração (não sei vocês, mas eu simplesmente me apaixonei por ela, por ela e pela Angela, melhores personagens <3).
No entanto, a história finalmente chega ao fim com um gostinho de quero mais, o final não é ruim, mas acho que muitos esperavam ver Eragon e Arya finalmente como um casal, ou pelo menos que o protagonista encontrasse outra mulher para amar. E nesse ponto Paolini me decepcionou um pouquinho, tinha esperança que os dois trocassem pelo menos um beijinho antes do fim (sou romântica sempre, não tem jeito).
Ainda assim, a história é boa e o final também. O autor descobriu uma boa forma de derrotar Galbatorix e uma ótima pessoa para ser um novo Cavaleiro, melhorou muito do primeiro livro até o último, criou mistérios que prenderam a leitura e personagens apaixonantes. E nos agradecimentos ainda revelou que talvez, algum dia, volte a escrever dentro da Alagaësia.

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