quarta-feira, 17 de julho de 2013

Um Hotel na Esquina do Tempo

Bom, como nunca sei se vou conseguir fazer as postagens semanais ou não, decidi começar a postar resenhas sobre os livros que vou lendo também, são posts mais rápidos e pra quem tem interesse, as vezes até mais interessante.
Não tenho muita prática com resenhas, então peço que me perdoem se as primeiras ficarem estranhas e me deem sugestões do que melhorar. (: Vou tentar fazer de todos os livros que ler daqui pra frente.

Para começar, essa foi postada há alguns dias no Amora Literária, mas pra quem não viu lá, agora está aqui também.


Um Hotel na Esquina do Tempo é um livro fascinante e cheio de emoção. Deparei-me com ele perto do natal de 2012, procurando presentes para alguns familiares e, junto com a minha mãe, compramos o título para presentear o meu pai.
É claro que em meio a tantas opções na livraria, fiquei um pouco na dúvida se levava ou não, mas a sinopse era interessante e na contracapa tinha alguns comentários favoráveis também.
A história se passa em duas épocas diferentes (1942 e 1986) e conta a vida de Henry Lee, um chinês que vive em Seattle. Ele estudava numa escola de brancos, mas só estava lá por uma bolsa estudos, e em troca da educação que recebia precisava trabalhar na cozinha da escola. E é na cozinha que conhece Keiko, uma menina japonesa que entrou na escola com a mesma situação que a dele.
Aí você me pergunta? Tá, mas e daí? Daí que em 1942 estava acontecendo a 2ª Gerra Mundial e a China fazia parte dos Aliados enquanto o Japão atacava os Estados Unidos. Já dá pra presumir que toda essa história gerava um preconceito imenso, o qual é relatado detalhadamente na obra.
Com um pai extremamente ligado às questões políticas e antenado sobre todos os acontecimentos entre China e Japão, Henry se vê contestando tudo que ouvira em casa e construindo laços que transpassam a amizade com a jovem Keiko.
E a história só se complica, porque a guerra piora e as famílias japonesas acabam sendo expulsas da cidade e levadas para Centros de Realocação – que eram basicamente campos de concentração onde eles eram vigiados por soldados e cercados por arames farpados – o que acaba separando o casal oriental.
Durante a narração dos acontecimentos de 1942, Jamie Ford vai entrelaçando os fatos de 1986, ano em que Henry se depara com a reabertura do Hotel Panamá, no qual foram guardados pertences das famílias japonesas que antes moravam no bairro. O protagonista então se vê diante de todas as antigas lembranças e angústias sofridas.

Uma obra que retrata, num misto de doce e amargura, a guerra e todos os estragos que ela causa.

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